Entenda mais sobre o TOD Transtorno Opositivo Desafiador

As crianças que sofrem com o TOD possuem muita dificuldade em lidar com as próprias emoções e isso automaticamente afeta as relações com outras pessoas. São crianças bem pouco diplomáticas e que acabam usando da força ou o choro/ grito para conseguir o que querem. Se trata de uma patologia mental que precisa de atenção e acompanhamento profissional.

Entenda mais sobre TOD Transtorno Opositivo Desafiador

Educar uma criança não é tarefa simples. Pais e responsáveis precisam ficar atentos para entender o comportamento e adequar os métodos educativos. Conhecer o Transtorno Opositivo Desafiador, por exemplo, é fundamental.

Também conhecido pela sigla TOD, esse é um transtorno que pode trazer bastantes conflitos e prejudicar a relação com a criança. Porém, quanto mais bem informados a respeito do problema os pais estão, maiores são as chances de lidar melhor com a situação.

O que é o Transtorno Opositivo Desafiador?

O Transtorno Opositivo Desafiador é manifestado por um claro descontrole emocional. As crianças que sofrem com isso tendem a ser impositivas, não aceitam opiniões de outros e acabam agindo de forma imperativa. Por esse motivo, esses indivíduos possuem grande dificuldade em relações interpessoais.

Muitas vezes, crianças que sofrem com Transtorno Opositivo Desafiador acabam sendo vítimas de bullying e são excluídas de muitas atividades em grupo por serem consideradas “difíceis” de lidar.

Principais sintomas de TOD

Para conseguir tratar e corrigir esse desvio comportamental, pais e responsáveis precisam identificar o problema. No entanto, muitos dos sintomas associados ao TOD são bem genéricos e podem se confundir com outros transtornos, por isso o quadro requer atenção redobrada. Alguns sintomas são:

  • Agressividade;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade em assumir os próprios erros;
  • Ficar facilmente ressentido;
  • Desafiar regras constantemente;
  • Não obedecer a pessoas mais velhas;
  • Agitação e perda da calma;
  • Incomodar outras pessoas;
  • Ser cruel e vingativo;
  • Não aceita perder em jogos e brincadeiras.

Esses são alguns dos sintomas mais comuns. Para que o diagnóstico aconteça a criança deve apresentar pelo menos 4 deles e somente um médico pode confirmar o diagnóstico. Contudo, ao perceber os sintomas, os pais já sabem que devem buscar ajuda.

Além disso, essas crianças também demonstram grandes dificuldades de interação com outras. Por isso podem demonstrar dificuldades em se desenvolverem no ambiente escolar ou quaisquer outros onde haja atividades em grupos.

O que causa o TOD?

Uma das dúvidas mais frequentes dos pais é justamente com relação ao que pode desencadear esse quadro. A verdade é que não há um fator específico relacionado à causa do Transtorno Opositivo Desafiador.

No entanto, sabemos que problemas como abusos, violência, negligência parental e falta de atenção dos pais podem ser alguns dos motivadores. Também devemos citar que crianças que crescem em lares com baixo suporte emocional dos responsáveis e em desarmonia contínua, tendem a desenvolver mais facilmente transtornos comportamentais.

Diagnóstico do quadro

Para que o Transtorno Opositivo Desafiador seja identificado é importante que a criança passe com um especialista. A consulta pode ser feita inicialmente com o pediatra que, ao perceber qualquer o comportamental acaba indicando um terapeuta.

Não há um exame exclusivo capaz de identificar o TOD. Isso é feito a partir da análise individual e avaliação comportamental minuciosa. Por isso, os pais se tornam uma peça fundamental para o diagnóstico e tratamento.

Para chegar a esse diagnóstico o médico também precisa descartar outras possibilidades, como por exemplo:

Esses são alguns exemplos, mas as possibilidades podem ir muito além e somente um especialista pode determinar qual é o real problema. Porém, dos transtornos citados, o TDAH é o que mais se parece com o TOD e por vezes confunde os pais.

TDAH ou TOD: Como saber a diferença?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade pode apresentar sintomas muito semelhantes aos do TOD. Portanto, a análise é extremamente minuciosa e muito mais criteriosa, de modo que o médico consiga chegar a um diagnóstico assertivo entendendo as mínimas diferenças de um transtorno para o outro.

Um detalhe muito importante sobre o Transtorno Opositivo Desafiador é que alguns médicos ignoram quando a criança demonstra o comportamento suspeito com irmãos. Mas os pais podem relatar situações que justifiquem anormalidades, sugerindo que uma investigação vale a pena.

Geralmente, pensam assim por que consideram que na relação entre irmãos é mais comum acontecerem embates. Portanto, o médico precisa entender que fora de casa e/ou dentro dela, a criança também apresenta sintomas específicos e dessa forma buscar aprofundar sua análise.

Tratamento para o TOD

Uma vez que o Transtorno Opositivo Desafiador seja realmente identificado é hora de iniciar o tratamento. De modo geral isso é feito a partir da adoção de medidas disciplinares adequadas.

Pais, professores e outros adultos que estejam no convívio direto com a criança são orientados sobre como devem agir diante da situação.  A ideia é reforçar o comportamento adequado – ou seja, apontar sempre que a criança agir da maneira adequada – e controlar o comportamento inadequado.

Há um caminho a ser seguido e é preciso que todos estejam juntos para que funcione bem.

Existe remédio para isso?

Não há um medicamento específico para o Transtorno Opositivo Desafiador. No entanto, o médico pode combinar o tratamento com terapia e medicações.

Mas, o uso de calmantes ou outros remédios relacionados ao humor que ajudem a controlar o comportamento da criança, somente pode ser utilizado mediante receita médica. Acreditamos que isso seja algo que os pais até já saibam.

Idade de ocorrência

O mais comum é que o Transtorno Opositivo Desafiador ocorra em crianças entre 6 e 12 anos de idade. Porém, o quadro pode permanecer até a fase da adolescência e até além dela.

Nesse contexto, pais e educadores precisam se preparar para lidar com o problema, entendendo que sem tratamento a tendência é que o quadro só piore. Encarar o Transtorno Opositivo Desafiador como uma doença que requer atenção e acompanhamento profissional é o primeiro passo para qualquer solução.

Ajudando a criança com Transtorno Opositivo Desafiador

O maior desafio para os pais e responsáveis é aprender a lidar com o Transtorno Opositivo Desafiador. Não é um quadro fácil, já que muitas vezes envolve ações raivosas por parte da criança que acabam comprometendo a relação.

Mas, ao identificar o problema você tem muito mais chances de conseguir lidar com ele de maneira correta.   Algumas dicas são:

  • Não responda de maneira raivosa também aos ataques da criança;
  • Fale de forma tranquila e calma;
  • Não agrida nunca a criança em resposta;
  • Evite discussões ou brigas perto da criança com outras pessoas.

É importante, porém, saber dosar tudo isso. A criança precisa entender que o seu comportamento não foi adequado, mas isso deve ser feito de forma menos enérgica, tentando demonstrar uma reação contrária à que ela está oferecendo. É fácil? Não, não é!

Perdi a paciência, e agora?

Pais e mães também são seres humanos, e como tal podem perder o controle da situação ao serem frequentemente desafiados e desrespeitados por seus filhos. Quando se trata da convivência diária com os desafios de um pequeno ser tão impulsivo, é compreensível que nem sempre a calma esteja presente.

No caso de uma criança com TOD, ao perceber que estão perdendo a paciência, os pais devem se concentrar no fato de que ainda que pareça uma malcriação, na verdade se trata de um problema de saúde psicológica e comportamental. Os responsáveis devem ser orientados pelo médico sobre como agir quando também lhes faltar ânimo e paciência para enfrentar as crises do filho.

Tratar um caso de Transtorno Opositivo Desafiador também requer cuidado dobrado dos pais para que não foque apenas nos pontos negativos da criança, o que poderia desencadear problemas de autoestima.

Contudo, ao se deparar com tanta coisa, quando os responsáveis se sentem sobrecarregados emocionalmente, buscar apoio profissional para si é o melhor caminho, pois a velha máxima continua valendo: você precisa estar bem para cuidar de alguém.

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