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Artigo: Por que algumas crianças têm 'medo do Papai Noel', máscaras e outras fantasias?

Por que algumas crianças têm 'medo do Papai Noel', máscaras e outras fantasias?

Por que algumas crianças têm 'medo do Papai Noel', máscaras e outras fantasias?

Dezembro chega, as decorações se espalham pelos shoppings, os pisca-piscas brilham nas ruas, e milhares de famílias preparam a tradicional visita ao Papai Noel.

Os adultos imaginam sorrisos, fotos fofas e aquele momento especial guardado para sempre. Mas, nem sempre é isso que acontece…

No dia “D” basta a criança ver o bom velhinho com sua barba branca, roupas vermelhas e voz grave para disparar o choro, os gritos ou um pedido desesperado para ir embora.

Para os pais, pode parecer exagero, mas do ponto de vista da criança, esse medo faz muito mais sentido do que parece.

Crianças pequenas têm um mundo interno cheio de imaginação, mas também de confusão entre o que é real e o que não é.

E isso se manifesta em forma de medo quando elas estão diante de personagens com rostos cobertos ou pessoas fantasiadas.

Masklophobia e por que ela afeta tantas crianças

Existe um nome para esse medo que tantas crianças sentem ao ver pessoas mascaradas ou fantasiadas: masklophobia.

Esse termo é usado para descrever o pavor intenso de pessoas vestindo fantasias, com rostos escondidos em máscaras ou exageradamente transformados por maquiagem. Ele vem do inglês mask (máscara) e phobia (medo).

Segundo a American Psychological Association (APA), esse tipo de medo pode surgir de forma natural entre os 1 e 5 anos de idade, quando o cérebro ainda está aprendendo a reconhecer expressões faciais e interpretar intenções através dos olhos e do tom de voz.

Entretanto, quando essa leitura é impedida por uma fantasia ou máscara, o cérebro da criança dispara um alerta de perigo.

Estudos publicados na Child and Adolescent Psychiatric Clinics of North America mostram que entre 7% e 10% das crianças pequenas apresentam algum grau de medo recorrente de personagens mascarados — sendo o Papai Noel, palhaços e super-heróis os mais comuns.

Papai Noel é assustador?

Para um adulto, o Papai Noel pode parecer um senhor carismático, mas para crianças pequenas, ele pode sugerir o completo oposto.

Pense nos elementos que formam esse cenário: alguém com barba enorme, rosto parcialmente escondido, roupas volumosas, voz forte, e a expectativa de chegar pertinho, sentar no colo desse estranho e ainda sorrir para a foto — tudo isso diante de uma fila, sob olhares de outros estranhos. Assustador, no mínimo, não é?

Além disso, o Papai Noel geralmente aparece em ambientes meio caóticos como shoppings lotados, com vozes altas, filas longas e gente apressada.

Ou seja, uma combinação nada tranquila para um cérebro infantil que ainda está aprendendo a se autorregular.

E têm mais… a fantasia do “velhinho que sabe se a criança foi boa ou não” pode gerar certa pressão emocional, mesmo que de forma inconsciente.

Afinal, a criança saber que foi observada o ano todo por alguém que ela não vê rotineiramente pode parecer divertida para os adultos, mas para alguns pequenos, isso é simplesmente apavorante.

Por que crianças gostam de personagens na TV, mas se assustam ao vivo?

Vai entender… a criança assiste feliz ao desenho do Bob Esponja, mas se recusa a chegar perto quando ele está ali diante dos seus olhos ao vivo. Por quê?

Essa resposta é explicada pelo conceito de incongruência perceptiva, estudado na neurociência infantil, que fala sobre quando o que a criança vê não bate com o que ela imaginava em sua cabecinha e o sistema de alerta é acionado.

Porque ver um personagem na tela é muito diferente de vê-lo em tamanho real, concorda? Na TV, tudo está sob controle, pois há uma boa distância e certa previsibilidade.

Já no mundo real, o personagem pode ser enorme, tendo muita proximidade, usando movimentos bruscos e a sensação de “ameaça imprevisível” grita forte na mente infantil.

5 sinais de que o medo não é passageiro e demanda mais atenção

Na maioria das vezes, esse medo é temporário, pois a criança se assusta, chora, mas logo depois se acalma e segue brincando.

Porém, em alguns casos, o medo pode crescer para uma fobia infantil, que interfere nas atividades sociais ou causa sofrimento recorrente.

Veja alguns sinais que sugerem que é hora de observar com mais cuidado:

  • A criança se recusa a ir a festas ou eventos com personagens fantasiados, mesmo que eles fiquem distantes;
  • Tem pesadelos frequentes após ver figuras como palhaços, super-heróis, mascotes ou o próprio Papai Noel;
  • Evita lugares lotados ou com muita movimentação por medo de encontrar esses personagens;
  • Demonstra reações físicas intensas, como tremores, suor, vômitos ou taquicardia;
  • O medo persiste por mais de seis meses, mesmo com exposição gradual a personagens ou pessoas fantasiadas.

Como acolher o medo do seu filho sem minimizar os sentimentos dele

O primeiro passo para ajudar é não forçar a criança. Frases como “deixa de frescura” ou “ele não morde” podem fazer com que ela se sinta incompreendida. É muito mais produtivo ter atitudes como:

  • Assistir juntos a vídeos do personagem, com som baixo, em um ambiente tranquilo;
  • Desenhar juntos a figura que causa medo, e deixar a criança alterar ou brincar com essa imagem;
  • Usar fantasias simples em casa, com roupas que ela conhece, para criar familiaridade com o conceito de “fingir ser alguém”;
  • Em visitas ao shopping, fiquem a uma distância segura da pessoa fantasiada e deixe que a criança observe sem ser pressionada;
  • Sempre que possível, antecipe a ideia do encontro com os personagens, explicando o que vai acontecer e que ela pode dizer “não” se quiser.

E se a criança quiser ver o Papai Noel, mas travar na hora?

Isso acontece bastante. Às vezes, ela está animada no carro, na fila, mas quando chega a vez de tirar a foto... trava. Fica muda, chora, quer ir embora.

Nessa hora, o mais importante é mostrar que está tudo bem mudar de ideia. Isso ensina à criança que ela tem controle sobre o próprio corpo e decisões, o que é fundamental para o desenvolvimento da autonomia e da segurança emocional.

Brincadeiras com fantasias ajudam (e muito)

Brincar de se fantasiar, trocar papéis, colocar máscaras ou inventar personagens é uma excelente forma de tornar o “estranho” em algo “compreensível”.

E mais: essas brincadeiras ajudam a estimular a criatividade, a linguagem e a autoconfiança.

Comece com peças que a criança reconhece como um chapéu diferente, um lençol que vira capa ou um bigode falso de brinquedo.

Não é sobre comprar fantasias caras, mas sim deixar que a criança vá aos poucos se sentindo segura dentro de um mundo imaginado por ela.

Se ela tiver um boneco preferido, você pode vestir esse boneco com uma roupa diferente e perguntar: “Você ainda gosta dele mesmo assim?”. Isso também ajuda a trabalhar a ideia de que aparência não muda a essência.

Quando o medo vira superação

Com o tempo, muitas crianças perdem o medo naturalmente do Papai Noel ao vivo e de outros personagens, porém, outras continuam desconfiadas até mais velhas e isso não é um problema.

O importante é que, durante esse processo, a criança se sinta respeitada e segura para explorar seus limites com liberdade e apoio.

Porque é assim que ela aprende, aos poucos, que o mundo - mesmo com barbas postiças, luzes piscando e fantasias exageradas - pode ser um lugar divertido separando o que é real do que é faz de conta.

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