
Que tipo de Educador você é?
Renato Russo e Belchior já falavam que somos de certo modo, uma repetição de nossos pais, mas isto não é sempre verdade. Nós tendemos a melhorar. E, quando temos consciência de que podemos educar nossos filhos usando o melhor do que aprendemos com nossos pais, isto se torna ainda mais verdade.Diante do dia a dia, tem horas em que você vai se perguntar se está agindo certo, vai ficar completamente perdido sem saber o que fazer, e pode até se arrepender de ter tomado esta ou aquela decisão. Isto faz parte. Ter um filho não significa que você terá todas as respostas, e sim, que estará buscando por elas. Afinal, você também aprende diariamente, não é mesmo?E mesmo que você tenha vários filhos, educar um não é como educar o outro, são pessoas diferentes, com desafios diferentes a cada vez. Tudo é sempre novo.Para ajudar a lidar com o desafio da maternidade, temos aqui duas definições importantes, a primeira é o tripé dos bons valores, e a segunda, é um modelo dos quatro tipos básicos de pais. É sempre bom parar e fazer uma auto análise das suas atitudes como mãe / pai. Somente desta maneira você conseguirá identificar o seu estilo educador e saberá dosar na hora de lidar com seus filhos.
1. Um tripé de bons valores
Especialistas em educação infantil afirmam que há três pilares que devem ser levados em conta quando estamos lidando com a educação dos pequenos:Envolvimento, Estrutura e Autonomia.
- Envolvimento pede que os pais estejam atentos ao filho, que estejam de fato envolvidos com o crescimento, dando atenção e mostrando às crianças que estão de fato, vendo o que eles fazem.
- Estrutura é ter uma boa rotina e deixar claro as expectativas, definindo bem o papel de cada um para que as crianças saibam o que fazer e o que não fazer.
- Autonomia é importante tanto quanto o envolvimento e a estrutura, porque ajuda as crianças a se desenvolverem. Você investe na autonomia do seu filho ao incentivar a criança a agir por si mesma e ao envolvê-la na resolução de problemas, quando interage com ela e escuta os pontos de vista que ela tem a apresentar.
2. Os quatro tipos de pais
Todo mundo sabe que o ideal é o equilíbrio. No entanto, cá entre nós, manter sempre a mente aberta e a paciência em alta não é tarefa muito fácil, principalmente para pais de primeira viagem. Portanto, cair em um dos extremos, sendo permissivo demais, ou autoritário demais é muito fácil.Algumas vezes, na tentativa de deixar as coisas mais tranquilas, muitos pais acabam optando por deixarem a criança solta, e caem no comportamento dos pais não envolvidos. Não é fácil, mas é possível achar o ponto certo e fazer a diferença positiva para seu filho.Primeiro tipo, pais com Autoridade bem definida.
Pais que tem uma autoridade bem definida costumam ter altos padrões e expectativas para seus filhos, mas são também empáticos e gentis. Eles são amigos de seus filhos, mas sabem que pai é pai, e amigo é amigo, sabendo bem quando devem repreender um comportamento inadequado.Eles estabelecem ambientes seguros, com incentivos e orientados para o sucesso. Costumam trabalhar bem a relação com os pequenos. As expectativas são sempre claras, os filhos sabem o que os pais esperam deles, e isto ajuda muito no desenvolvimento da criança.Como ser um pai com Autoridade bem definida?
- Usando bem o tripé dos bons valores. E tendo como base a comunicação.
- Estabelecendo regras para diferentes situações.
- Delegando a seu tempo as tarefas domésticas.
- Deixando claro a hora das refeições e a hora de dormir.
- Estipulando a hora da lição de casa – e acompanhando sempre.
- Explicando que toda ação tem consequência.
- Definindo quais os comportamentos certos e quais não são aceitáveis.
Segundo tipo, pais Autoritários.
É um tipo de pai/mãe mais severo, costumam ter pouca comunicação com os filhos e não estão muito abertos a negociação.Há uma punição frequente por não seguir as regras. Os pais não acham que seja preciso se comunicar abertamente, preferem a ideia do “sou eu quem manda aqui” e são geralmente mais distantes.É muito comum que pais assim acreditem que demonstrar flexibilidade seja um sinal de fraqueza, e por isto não seguem por este caminho, porque poderia abrir margem para insubordinação da criança.Como age um pai autoritário?
- Tem uma comunicação fraca.
- Manda e espera que o outro obedeça.
- Não tolera quebra de regras.
- Não dá incentivos positivos.
- Costuma elogiar com uma ressalva de que “poderia ter sido melhor”.
- Passa a ideia de que o filho nunca age bem o suficiente.
Terceiro tipo, pais Permissivos
Pais permissivos costumam ter a impressão de que tudo é permitido. Eles não conseguem ensinar regras, criar uma rotina para dar estrutura, nem são capazes de mostrarem ao filho firmeza com as consequências de seus atos.As consequências disto para os filhos, são crianças que têm dificuldade no controle do próprio comportamento.É comum que os filhos de pais autoritários tornem-se pais permissivos. É como se ao serem mais complacentes com os filhos, estivessem livrando eles de terem pais mais regidos. É o extremo oposto do autoritarismo.Quais as características de um pai permissivo?
- Não consegue colocar ordem na casa.
- Não tem hora certa para dormir, ou comer.
- Fica com ‘dó’ de deixar a criança de castigo, ou de reprender por um mal comportamento.
- Não confrontam os filhos diante das desobediências.
- Dão liberdade sem limites.
- Acham que devem ser sempre o melhor amigo de seus filhos.
- Tem a ideia de que vão perder o amor do filho se o corrigirem.
Quarto tipo, pais negligentes.
Podemos chamar estes pais de quase indiferentes. Eles acreditam muitas vezes que o filho vai achar o próprio caminho, e não fazem nenhum esforço para orientar a criança quanto a isto.Um pai assim, é quase negligente com o bem-estar, com as necessidades emocionais, e a segurança física de seus filhos.Em sua maioria, são pessoas muito ocupadas, que passam o tempo cuidando mais de si mesmas, preferem estar em outros lugares, longe dos seus filhos. Pais assim não tem tempo para saber quem são os colegas e as pessoas que cercam seus filhos.Quais as consequências de ser um pai negligente, não envolvido?
- A criança cresce sem uma percepção correta sobre si mesma.
- Cria baixa autoestima.
- Não desenvolve a capacidade de confiar nos outros.
- Tem dificuldade em relacionamentos.
- Cria problemas de intimidade e de amizades.
- Faz a criança amadurecer muito cedo, perdendo a infância.