Como saber se meu filho é disléxico? Entenda aqui!
Seu filho está apresentando dificuldades de aprendizado? Pode ser que ele tenha dislexia. Isso significa ter um transtorno específico de aprendizagem que afeta principalmente a fala e a leitura.
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, cerca de 5 a 17% da população mundial apresenta o transtorno no dia a dia. Para saber se o seu filho é disléxico, antes de mais nada, você precisa entender tudo sobre o assunto.
Para isso, continue a leitura deste artigo, combinado?
O que é dislexia?
A dislexia é um transtorno de aprendizagem com alterações neurológicas. Uma pessoa disléxica tem dificuldades no sistema cerebral para decodificar palavras, falar, ler e escrever.
Não existe ainda uma comprovação de como surge a dislexia, porém é um distúrbio genético. Vale ressaltar que um disléxico, por exemplo, não quer dizer que tem QI baixo. A criança pode ser muito boa em matemática, por exemplo.
Além disso, pelo motivo de aparecer predominante durante a infância, às vezes é associada a outros tipos de transtornos, como o déficit de atenção.
Quais são os tipos de dislexia?
Um disléxico pode apresentar um ou mais tipos de dislexia. Veja abaixo quais são eles:
Visual: não consegue saber exatamente qual é o lado esquerdo ou o direito, tem complicações na leitura porque não consegue visualizar com clareza as palavras;
Auditiva: tem dificuldades para identificar os sons, consequentemente afeta a fala e escrita;
Mista: apresenta dislexia visual e auditiva em conjunto.
Como saber se meu filho é disléxico?
Para você identificar se o seu filho tem dislexia é importante analisar o comportamento do pequeno com base nas características do transtorno. Cada faixa etária apresenta alguns sinais diferentes e é imprescindível ter consciência disso.
Com o objetivo de ajudar todas as mamães, nós separamos uma listinha de como um disléxico reage em cada período da vida. Dessa forma, vai ficar muito mais fácil de você perceber os indícios, combinado? Veja a seguir:
Pré-escola
As crianças começam a emitir sons a partir de 1 a 2 anos de idade. Se os pequenos não conseguem falar as primeiras frases até o segundo ano de vida, correm o risco de se tornarem disléxicos.
Mas, isso não é uma regra. O atraso na fala apenas pode ser um sinal aos pais para prestarem atenção no desenvolvimento e estimulação da linguagem.
Você deve ficar atenta durante a fase pré-escola do seu filho (até 5 anos de idade), principalmente em relação aos sinais de:
- Problemas para aprender versos e rimas;
- Dificuldade ao lembrar o nome da letra de uma ou mais palavras;
- Incapacidade para falar as letras do próprio nome;
- Lentidão para conseguir segurar um lápis, escovar os dentes e comer sozinho.
Jardim de Infância e 1ª série
É nesta fase que os sintomas da dislexia começam aparecer com mais evidência. O primeiro contato com o ambiente escolar, aos 5 ou 6 anos de idade, é primordial para identificar se a criança apresenta problemas de leitura.
Fique de olho nos seguintes sintomas:
- Dificuldade para entender que as palavras podem ser divididas em sons;
- Reclama que é difícil de ler;
- Apresenta problemas frequentes na fala e pronúncia;
- Dificuldade de ler palavras simples como, por exemplo, “mapa”, “gato”, “bolo”, “uva”.
Ensino Fundamental
Muitos professores não têm consciência sobre ter um aluno disléxico, porém é interessante conversar com o profissional e questionar sobre possíveis dificuldades do seu filho.
Outros sinais de dislexia na escola ou em casa são:
- Lentidão excessiva para ler um texto;
- Dificuldade para pronunciar novas palavras;
- Evita ler em voz alta;
- Não fala de forma fluente, balbucia palavras e sons de “humm”.
Ensino Médio
Na fase da juventude, o seu filho recebe uma carga de informações ainda maior. Trabalhos, provas, atividades e vários materiais de estudo. Aqui, a leitura e interpretação de texto é essencial.
Em casos que a dislexia não seja tratada na infância, ela continuará predominante ao longo dos anos. Além dos sintomas que já relatamos, outros podem surgir:
- Soletra as palavras incorretamente;
- Evita ler em voz alta a todo momento;
- Dificuldades em lembrar nomes;
- Apresenta vocabulário verbal limitado;
- Dificuldades ao elaborar resumos para provas ou trabalhos.
Como diagnosticar a dislexia
Se você identificou os sintomas anteriormente em seu filho, tem chances dele ser disléxico. Entretanto, é necessário realizar o diagnóstico de dislexia com profissionais capacitados e de diferentes áreas para a comprovação.
O diagnóstico não é simples, envolve diversas etapas, sendo que as principais estão relacionadas com exames oftalmológicos, auditivos e neurológicos.
Quanto mais precocemente identificar o transtorno, mais tranquilo o seu filho lidará com o transtorno de aprendizagem.
Tratamento para dislexia
Não existe cura para a dislexia, mas é possível ajudar seu filho a ter uma vida mais tranquila mesmo sendo disléxico.
É indicado que você auxilie o aprendizado do pequeno com atividades estimulantes como, por exemplo, jogo da velha, construção do alfabeto e criação de desenhos. Ouvir músicas também é uma ótima alternativa.
Além disso, é muito importante que os professores saibam do transtorno de aprendizagem do seu filho. Dessa forma, ficará mais tranquilo para que eles adaptem o ensino e as atividades. Aqui, toda a paciência e empatia são fundamentais, principalmente no ambiente escolar.
Outro ponto indispensável é buscar ajuda com um fonoaudiólogo e psicólogo.
O fonoaudiólogo ficará responsável por auxiliar no desenvolvimento da leitura e da fala, diminuindo erros de pronúncia, por exemplo. Já o psicólogo dará o apoio à autoestima e problemas relacionados à insegurança.
Se você viu que alguns dos sinais que comentamos aqui fazem sentido e aparentam ser a realidade da sua criança, busque levá-la a uma equipe multidisciplinar para auxiliar com essa questão.
Todo acompanhamento profissional pode fazer a diferença na vida de um disléxico e ajudar a evitar doenças, como a ansiedade e depressão.
Esperamos que este conteúdo tenha sido útil para você! Aproveite para conferir outras dicas em nosso blog.