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Artigo: Cuidar de uma menina vai além do básico: 10 verdades que toda mãe precisa entender

Cuidar de uma menina vai além do básico: 10 verdades que toda mãe precisa entender
Como criar uma menina

Cuidar de uma menina vai além do básico: 10 verdades que toda mãe precisa entender

Desde cedo, as meninas aprendem a observar tudo — o tom da voz, os olhares, as comparações, os silêncios. Criar uma menina, hoje, é formar alguém que vai crescer num mundo que ainda cobra perfeição, mas que precisa mais de autenticidade do que de aparência. Nesse contexto, o papel da mãe pode ser decisivo, sendo para a pequena um espelho, mas também o escudo.

1. O espelho dela é você e não o Instagram

Meninas aprendem o que é beleza, força e valor próprio observando a mãe, e isso é uma das responsabilidades a mais para quem teve filhas. Por isso, quando você se olha no espelho e se critica, ela aprende quase de forma inconsciente a fazer o mesmo. Mas, quando você se elogia, mesmo nos dias difíceis, sua filha percebe que autoestima não é sobre perfeição, e sim sobre aceitação e vida real. Isso significa ter dias bons e ruins, mas não mudar sua percepção de valor sobre si mesma. Lembre-se sempre que a autoconfiança feminina nasce do exemplo, não do discurso.

2. Elogie o esforço, não só a aparência

A sociedade já vai fazer o suficiente para ensinar sua filha que ser bonita é o que mais importa. Sendo assim, o que ela precisa ouvir em casa é que coragem, inteligência e empatia também são lindas. Então, troque o “como você tá linda” por “adorei o jeito como você escolheu sua roupa sozinha”. Isso porque são frases como essa que constroem e reforçam uma boa base de autoestima e diminuem a dependência da aprovação externa.

3. Deixe-a se frustrar

Proteger demais é o erro mais bem-intencionado que existe. Contudo, vale saber que meninas que crescem sem lidar com frustração acabam acreditando que errar é fracassar e isso se torna uma problemão ao longo da vida. O resultado da falta de habilidade em lidar com frustrações são adolescentes ansiosas e adultas perfeccionistas. Então sim, deixa sua filha tentar, errar, chorar, recomeçar, pois a resiliência nasce do desconforto e não da zona de segurança.

4. Ensine que dizer “não” é um ato de amor-próprio

A base da autoproteção feminina começa cedo, portanto, ensine sua filha que “não quero”, “não gostei” e “me deixa” são frases legítimas que ela tem o direito de usá-las. Meninas que tem segurança em dizer “não” viram mulheres com limites saudáveis, relacionamentos equilibrados e menos culpa por se escolherem. E só para salientar: isso não tem absolutamente nada a ver com egoísmo e, sim, com amor próprio.

5. Evite o rótulo de boazinha demais

Ser gentil é diferente de se anular e sua filha precisa aprender isso desde pequena. Nesse sentido, mães que valorizam demais a filha que não dá trabalho, sem perceber reforçam o comportamento de agradar a todos o tempo todo para ser aceita. Desse modo, mostre que ser boa não é se calar, e sim ser justa, respeitosa e autêntica, porque “boazinha” de verdade é quem tem empatia e não quem engole o que sente.

6. Mostre a diferença entre vaidade e autoestima

Não tem absolutamente nada errado em gostar de se arrumar, desde que isso não vire prisão - uma obsessão em alguns casos. Sendo assim, desde cedo se esforce para que sua menina entenda que vaidade é estética, mas autoestima é um tipo de energia interna que merece - e deve - ser cultivada acima de qualquer embelezamento externo. Assim, sua filha saberá que é possível usar um gloss e mesmo assim ter certeza de que o que realmente brilha nela é o caráter, os princípios e a confiança que carrega.

7. Fale sobre o corpo dela com naturalidade

Silêncio sobre o corpo e seu funcionamento natural gera vergonha. Então, use os nomes certos para as partes do corpo, explique o que é menstruação, autocuidado e consentimento — sem rodeios e sem tabu. Trata-se de ensinar sua filha, e é seu papel como mãe. Afinal, quando o corpo é compreendido, aceito e amado, ele se torna um espaço de poder e respeito, não de culpa e sentimento de inadequação.

8. Incentive-a a pensar por si mesma

Uma menina que pensa por si mesma se torna uma mulher bem menos manipulável. Desse modo, sempre que puder questione junto com ela os padrões que vêem na mídia, as falas machistas disfarçadas de “piada” e as injustiças que passam despercebidas. O ponto é que sua garotinha não precisa ser rebelde com o que discorda, basta ser consciente e está tudo certo.

9. Dê espaço pra ela descobrir quem é

Mamãe, você pode ser a guia da caminhada, mas não o mapa. Em outras palavras, não projete na sua filha os sonhos que você mesma não realizou. Tente lembrar que a maternidade mais bonita é a que permite que a filha trilhe um caminho diferente do seu, sem culpa e sem comparação. Porque, amar também é permitir que sua menininha cresça, seja um ser autônomo, e não uma extensão sua.

10. Mostre o poder da vulnerabilidade

As mães que tentam ser fortes o tempo todo criam filhas que acham que estar vulnerável é uma fraqueza. Não cometa esse erro, e sem culpa ou vergonha, permita-se chorar, admitir que errou e dizer que “tá cansada”. No fim das contas, isso ensina que força e fragilidade podem coexistir e que a mulher real é a que sente, e mesmo assim segue, não desiste. Tente ser o modelo de mulher que você gostaria que ela se tornasse: humana, inteira e consciente de quem é. Afinal, o amor que ela aprende com você será o padrão de amor que ela aceitará do mundo e sabemos que você só quer o melhor para sua princesinha.

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