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Artigo: Criança falando palavrão: por que acontece e como lidar com isso sem perder a paciência

Criança falando palavrão: por que acontece e como lidar com isso sem perder a paciência

Criança falando palavrão: por que acontece e como lidar com isso sem perder a paciência

Uma criança pequena não fala palavrão para ofender diretamente, ela fala porque viu, ouviu e sentiu o impacto que aquela palavra causa.

Segundo um estudo da psicóloga Dra. Kristin Jay, da Marist College (EUA), as crianças aprendem seus primeiros palavrões por volta dos 3 anos de idade, e aos 11 já dominam cerca de 40 palavras consideradas tabu.

O palavrão desperta curiosidade e traz uma sensação de poder, pois quando a criança fala e o adulto reage, ela entende que aquela palavra gera reações. E isso, para um cérebro em formação, é pura mágica.

Outros motivos possíveis e muito comuns são:

  • Imitação de adultos, irmãos ou personagens da mídia;
  • Reação emocional, quando sente raiva, frustração ou medo;
  • Busca por atenção, especialmente se a rotina está agitada demais;
  • Ou a simples falta de vocabulário emocional para expressar o que sente.

O palavrão como pedido oculto de ajuda

Por trás de quase todo palavrão, existe um sentimento não nomeado. Isso porque a criança não sabe dizer “tô irritada, frustrada, nervosa”, então ela solta o que ouviu quando percebeu alguém se expressando em um momento semelhante.

O palavrão, nesse contexto, é uma espécie de sinal emocional disfarçado e quando isso acontece, o melhor é tentar entender o que realmente está por trás. Por isso, antes de brigar ou colocar de castigo incentive seu filho a verbalizar:

  • “O que te deixou bravo?”
  • “Por que você usou essa palavra?”

Muitas vezes, o palavrão veio no lugar de um “tô cansado”, “tô triste e chateado” ou “tô com medo e ansioso”. Ou seja, é um pedido de tradução emocional, não uma atitude focada em desafiar sua autoridade.

Como reagir sem reforçar o comportamento

Gritar, punir ou fazer escândalo transforma o palavrão num símbolo de poder — quanto mais proibido, mais interessante ele fica.

A estratégia ideal é tirar o impacto da palavra, sem ignorar o comportamento. Dessa forma, se a criança for bem pequena, use humor, porque certamente ela sequer sabe o significado do que disse. Tente algo assim:

“Eita! Essa palavra é tão pesada que quase derrubou o teto. Bora trocar por outra mais leve?”

Se for maior, o diálogo precisa ser firme, mas no tom certo: “Eu sei que às vezes a gente fala coisas pesadas quando está irritado. Mas têm outro jeito de dizer o que sente sem faltar com respeito.”

Como ensinar seu filho a controlar o que fala

O palavrão é, basicamente, um sintoma de vocabulário limitado, pois crianças que não sabem nomear o que sentem buscam palavras de impacto para liberar tensão. Por isso, a solução está em ampliar o repertório dela no dia a dia.

É possível trabalhar o controle emocional do seu filho sem precisar de lições de moral o tempo todo.

Por exemplo, quando notar que ele sente raiva ou frustração, você pode ajudá-lo a dar nome ao sentimento, mostrando que existem formas certas de expressá-los sem usar o palavrão.

Ou seja, quando algo não sai como esperado ou dá errado, é legal parar, respirar e refletir antes de agir, criando espaço para pensar em como lidar com a frustração da maneira certa.

Normalmente quando a criança consegue se acalmar sem “xingar”, vai aprendendo sobre como ter autocontrole e resiliência diante das situações.

Entretanto, é um aprendizado e não acontece do dia para a noite se o seu filho está acostumado a expressar o que sente com palavrões. Seu papel é insistir para que ele deixe esse hábito e não desistir, certo?

Segundo Daniel Goleman, autor de Inteligência Emocional, crianças que aprendem a identificar e expressar o que sentem têm menos chances de desenvolver comportamentos agressivos quando se tornam adultos.

Quando se preocupar

Se o palavrão vier junto com isolamento, irritabilidade constante, agressividade ou queda repentina no desempenho escolar, o problema pode estar além da linguagem.

De acordo com o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), cerca de 1 em cada 6 crianças entre 2 e 8 anos demonstra sinais de distúrbios comportamentais ou emocionais.

Ou seja, comportamentos desafiadores muitas vezes são sinais de sofrimento emocional, não de falta de limites.

E como fica esse comportamento na escola?

Na escola, o palavrão ganha outro significado, pois pode ser forma de inclusão social, para “falar igual aos outros”. Por isso, o diálogo entre família e escola precisa ser constante.

Se o professor sinalizar o comportamento, o ideal é não reagir com punição, e sim buscar coerência na abordagem do problema, uma vez que a criança precisa ouvir a mesma mensagem nos dois ambientes.

Afinal, quando casa e escola caminham juntas, a criança entende que as regras de convivência são universais, não negociáveis.

O palavrão é um erro que ensina, portanto, em vez de punir, transforme em uma oportunidade de crescimento. Essa conversa ensina sobre o poder das palavras — tanto para ferir quanto para acolher.

E é isso que diferencia uma criança reativa de uma criança emocionalmente inteligente.

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