
Descubra se Sua Filha tem Síndrome de Electra
A Síndrome de Electra ocorre quando a menina, entre 3 e 6 anos de idade, desenvolve um afeto excessivo pelo pai. Isso faz com que ela entre em competição com a mãe, considerando que precisa disputar atenção da figura masculina.Em alguns casos as meninas podem verbalizar o sonho de se casar com os pais. Se não resolvida, a Síndrome de Electra pode desencadear problemas relacionais na vida adulta. Mas a tendência é que antes dos 7 anos a menina supere essa fase naturalmente.
Descubra se sua filha tem síndrome de Electra
É normal que em algum momento da infância as crianças em geral demonstrem mais apego a um dos pais. Isso tende a ser passageiro e leve, de modo que não cause desconforto em nenhuma das partes.Mas, há um caso chamado de Complexo de Electra que, embora comum, requer um pouco de atenção. Ele ocorre quando meninas entre 3 e 6 anos se apegam furtivamente ao pai e acabam desenvolvendo algum tipo de rancor ou desconforto em relação a mãe.Há também situações em que a menina sente necessidade de disputar com a mãe pela atenção do pai, não identificando claramente que a mãe não é uma adversária e que a relação da mãe com o pai, não interfere no amor dele em relação à filha.Mas, por que será que isso ocorre? É grave? Responderemos todas as suas perguntas sobre a síndrome de Electra no decorrer desse texto.Entendendo a Síndrome de Electra
Durante a infância a criança passa por diferentes fases. Você já deve ter ouvido alguma amiga dizer algo como “eu carreguei por 9 meses e ela gosta mais do pai”.Embora seja algo com um tom de piada, pode acontecer, sim, de meninas se sentirem muito mais próximas dos pais do que das mães durante os primeiros 3 até os 6 anos.Essa é a síndrome de Electra. Ela faz referência a personagem mitológica de mesmo nome cuja história se desenrola a partir do assassinato do pai, Agamenon, pelas mãos da amante dele que era sua mãe. Com o ocorrido, Electra fica revoltada e acaba encomendando a morte da própria mãe.A história serviu como base para que o psicanalista Jung desenvolvesse a sua teoria que culminou no que hoje chamamos de Síndrome de Electra, caracterizada pelo apego excessivo das meninas com seus pais.A síndrome vem como um contraponto a outra síndrome, conhecida como Síndrome de Édipo, em que meninos são muito apegados às suas mães. A grande questão é que essa admiração e apego podem ditar o comportamento do indivíduo na vida adulta e é por esse motivo que pede atenção.Ou seja, as meninas podem se relacionar com o sexo oposto considerando sempre a relação com o pai, e buscando essa figura paterna e os mesmos pontos que admira em seu progenitor de maneira inconsciente.Diferenças entre Édipo e Electra
Os complexos de Édipo e Electra são sempre comparados. Basicamente um se opõe ao outro, já que o primeiro se refere a relação de meninos com suas mães e o segundo de meninas com seus pais.No entanto, há uma diferença crucial entre as duas situações. Meninos que desenvolvem a síndrome de Édipo tendem a temer o pai por enxergá-lo como uma autoridade arbitrária.Dessa forma, eles muitas vezes escondem o afeto e apreço pela mãe com receio de serem repreendidos. No caso da Síndrome de Electra o comportamento é outro completamente diferente.A menina, nesse caso, não teme a mãe e não tenta esconder seus sentimentos pelo pai. Muito pelo contrário, ela procura demonstrar isso e adota um perfil de competição declarado com a mãe.Principais sintomas da síndrome de Electra
A síndrome de Electra pode ser mais facilmente percebida com auxílio de um psicólogo ou psicanalista. Porém, há alguns sintomas que os pais podem perceber no comportamento da menina antes de buscar ajuda. São eles:- A criança se coloca sempre entre os pais para afastá-los;
- A menina sofre demasiadamente quando o pai precisa sair de casa;
- Frases que indiquem um sonho de casar com o pai ou morar com ele para sempre;
- Demonstração de sentimentos negativos com relação a mãe e disputa pela atenção do pai.