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Planejando viagens com crianças neurodivergentes

Viajar em família é sempre uma mistura de expectativas e preparativos, mas quando se trata de crianças neurodivergentes, a organização do passeio ganha outros contornos. 

Seja para uma escapada de fim de semana ou um período maior longe de casa, o segredo está nos detalhes. 

No entanto, com um olhar atento às necessidades da criança e uma preparação mais cuidadosa, é possível transformar a viagem em algo bom para todos.

Escolhendo o destino e se preparando com antecedência para a viagem

Como passo inicial, prefira locais que possibilitem à sua família ter certa previsibilidade. 

Hotéis que mostram fotos atualizadas dos quartos, museus com visitas virtuais, parques com mapas ilustrativos: tudo isso pode ser usado para preparar a criança previamente. 

Isso porque, mostrar imagens, criar um cronograma visual com o que vai acontecer em cada dia, ou até mesmo fazer brincadeiras em casa simulando situações da viagem pode ajudar bastante na antecipação do que vem pela frente.

Na hora de escolher o tipo de hospedagem, pense em espaços que transmitam conforto e privacidade. 

Nesse sentido, uma casa de temporada pode funcionar melhor do que um hotel, pois possibilita mais controle sobre a alimentação, o ambiente e o ritmo da família. 

Montando a mala

A bagagem vai muito além das roupas quando se trata de crianças neurodivergentes

Separar itens familiares que tragam segurança emocional, como o travesseiro, um brinquedo querido ou mesmo aqueles objetos que a criança demonstra apego costumam ajudar em momentos de tensão evitando desconfortos desnecessários. 

Além do mais, livros preferidos, fones com redutor de ruído, lanchinhos conhecidos e fáceis de acessar também são grandes aliados durante o percurso.

Vale ainda incluir uma pequena “caixa de emergência emocional”. Pode ser uma bolsinha com itens que ajudam a acalmar seu filho: elásticos, texturas diferentes, cheiros familiares, massinhas, ou o que fizer sentido para ele. 

O trajeto de viagem com crianças neurodivergentes: tornando o caminho mais leve

Seja de carro, ônibus, trem ou avião, o percurso também precisa ser planejado com carinho e cuidado. 

Algumas crianças neurodivergentes podem se sentir inquietas em espaços fechados por muito tempo, e outras podem se desregular com barulhos, movimentação intensa ou mudanças no corpo provocadas por viagens longas.

Sempre é possível conversar com antecedência sobre como será o trajeto, mostrando imagens do meio de transporte, fazendo contagem regressiva com um quadro visual ou inventando uma história que se relacione com a viagem para tornar tudo mais leve. 

Se a viagem for longa, fazer pausas programadas é uma boa pedida. No carro, isso pode significar paradas em postos seguros para um lanche tranquilo ou uma caminhada rápida. 

Em outros meios de transporte, vale programar momentos para usar os brinquedos sensoriais, brincar com jogos simples ou ouvir músicas que confortem seu filho.

Adaptando a rotina longe de casa

A previsibilidade é reconfortante para crianças neurodivergentes. Por isso, focar em uma rotina adaptada durante a viagem é um recurso bem valioso. 

Mesmo que o dia-a-dia esteja diferente, alguns elementos familiares podem ser mantidos: o horário de dormir, a sequência do banho, a forma como os momentos de refeição acontecem, etc. 

Você pode usar quadros de rotina portáteis, aplicativos simples ou desenhos feitos na hora que já ajudarão a deixar a rotina visualmente organizada para a criança compreender.

Se a família estiver em um local com diferentes opções de passeio, talvez valha a pena priorizar apenas uma atividade mais estruturada por dia, com tempo suficiente para pausas, improvisos e necessidades que possam surgir. 

Nesse contexto, a ideia é não esgotar a criança com uma agenda cheia, mas sim respeitar o ritmo que for mais tranquilo para ela.

Acolhendo imprevistos em viagens com crianças neurodivergentes

Mesmo com toda a preparação, imprevistos acontecem, e quem é pai ou mãe há mais tempo sabe bem disso. 

Seu filho pode não gostar de algo que você tinha certeza que seria divertido, ou pode ficar mais sensível em determinados dias, reagindo de forma inesperada a um estímulo novo. 

Mas isso não quer dizer que a viagem foi mal planejada ou que você falhou. Significa apenas que você está viajando com uma criança real, com emoções e percepções próprias.

Contudo, ter um plano B para alguns passeios é sempre bom, assim como permitir-se mudar de ideia no meio do caminho. 

Assim, uma caminhada despretensiosa nos arredores de onde estão hospedados ou um piquenique no quarto poderão se transformar em momentos memoráveis quando o foco é o bem-estar da família em vez de seguir um roteiro fixo e engessado.

Conectando-se mais com a criança ao longo da experiência

Durante a viagem, observar e conversar com seu filho ajuda a perceber o que está funcionando ou não. 

Mesmo que ele não se comunique verbalmente com eficácia, suas expressões, gestos e comportamentos indicam muito. 

Por isso, validar o que ela sente e ajustar a rotina para que todos se sintam bem é o que torna a experiência verdadeiramente positiva.

Cada saída de casa ensina algo novo sobre a criança neurodivergente que você tem o privilégio de cuidar. 

E com o tempo, ir para lugares diferentes vai ficando mais natural, porque vocês vão criando repertório e descobrindo juntos – o que torna tudo mais tranquilo.

Sendo assim, planejar viagens com crianças neurodivergentes não é sobre eliminar todos os riscos, mas sim sobre preparar o caminho com dedicação, cuidado e uma dose generosa de flexibilidade. 

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