
Depressão por Falta de Sono
Dormir não é apenas uma delícia, é também essencial para o bem-estar físico e psicológico do ser humano. Tanto é que podemos facilmente associar depressão e falta de sono, muito mais do que a maioria das pessoas imagina.Dados divulgados pela OMS mostram que o Brasil é o maior consumidor de remédios para insônia da América Latina, o que significa que somos os latinos com maior dificuldade para entrar em um sono profundo.Vamos entender a relação entre a privação de sono e sua influência na depressão. Quer saber mais? Acompanhe a leitura.
Depressão por falta de sono
Muitos são os motivos para a qualidade do sono ser comprometida, mas a maternidade é, com certeza, uma das fases em que uma das mudanças mais acentuadas é justamente essa: alterações no ritmo e qualidade do sono.Lidar com a chegada do bebê causa ansiedade e preocupação, mas não é apenas isso - também interfere no descanso por conta das demandas do pequeno.Muitas vezes, a mãe fica em um sono raso em constante vigília. Ao menor sinal desperta e às vezes não consegue voltar a dormir. Mas há também aquelas que estão sempre exaustas, porque embora consiga adormecer, a quantidade de horas não é suficiente.Ruptura e instabilidade no sono das mães
Durante o pós-parto e por um longo período nessa primeira infância o descanso da mãe depende do sono do bebê. Ou seja, só é possível se “desligar” quando a criança também está dormindo. Entretanto, com outras demandas de rotina nem sempre a mulher consegue dormir no mesmo período do bebê.Com isso, algumas mães podem simplesmente não conseguir dormir direito mesmo quando têm a possibilidade. Outras ainda ficam tão preocupadas com o bem-estar da criança que preferem marcar vigília ao invés de desfrutar de algumas horas de sono.O fato é que não existe uma solução milagrosa. Para mães que estão amamentando, é preciso se adaptar aos horários do bebê, o que acaba causando várias rupturas no sono, principalmente o noturno.O papel do sono no bem-estar materno
Depressão e falta e sono estão relacionadas em ambos os sentidos: uma pode causar a outra e vice-versa. Isso porque a privação do sono atrapalha as funções hormonais e causam desequilíbrios químicos no cérebro.Saber disso é importante, porque muitas vezes a mulher pode estar enfrentando um quadro depressivo que está sendo desencadeado pela nova rotina com o bebê.Não é raro confundir sintomas com um quadro de fadiga, mas quando há desequilíbrios relacionados aos níveis de neurotransmissores – nem mesmo noites inteiras de sono poderão ser suficientes. Isso porque os neurotransmissores são alguns dos agentes responsáveis por sensações como: prazer, bem-estar, fome, libido, dentre outros.Portanto, ao perceber que as alterações na rotina de sono tem gerado outros desconfortos, fique atenta para que esse quadro não se agrave, causando além da exaustão - uma depressão. Alguns dos efeitos da falta regular são:- Desatenção quase generalizada;
- Irritabilidade acentuada e alterações de humor constantes;
- Cansaço extremo;
- Dificuldade de concentração e de dar foco em atividades;
- Tristeza e falta de motivação;
- Problemas de memória.