Picadas de inseto em crianças: quando se preocupar?

As picadas de inseto em crianças tendem a ser inofensivas quando causadas por mosquitos e pernilongos. Nesses casos o ideal é higienizar a região com água e sabão e evitar as coceiras.

Mas, se houver alergia severa os pais devem buscar orientação médica imediatamente. Alguns dos sintomas preocupantes são:

  • Vermelhidão;
  • Inchaço nas mucosas;
  • Quentura;
  • Dor fraca ou moderada;
  • Rouquidão;
  • Falta de ar;
  • Vermelhidão nos olhos;
  • Vômitos e náuseas;
  • Febre.

Nesses casos, é fundamental buscar ajuda médica para conter os sintomas o quanto antes.

Picadas de inseto em crianças: quando se preocupar?

As picadas de inseto em crianças podem causar muito desconforto e trazer preocupação para os pais. Mas, será que elas são mesmo tão perigosas, ou não passam de uma irritação simples na pele que não requer tanta atenção?

O Brasil é um país tropical, e como tal é ambiente perfeito para os mais variados tipos de insetos. Isso se intensifica durante o verão, estação ideal para proliferação de moscas, pernilongos, aranhas e outros tipos de insetos.

Para os pais, saber mais sobre o assunto é importante. Isso porque, entender quais são os perigos e quando se preocupar com as picadas de inseto é fundamental – e pode ser crucial – para manter os pequenos em segurança durante as férias e em todo o ano.

Cuidando das picadas de insetos

De modo geral, as picadas de inseto em crianças tendem a ser inofensivas quando causadas por mosquitos e pernilongos. Elas geralmente causam uma irritação seguida de leve inchaço e coceira, mas não evoluem para quadros mais graves.

A indicação é que os pais higienizem as próprias mãos, depois lavem a região afetada com água e sabão. Isso vai ajudar a limpar o buraquinho da picada, que pode ser porta de entrada para bactérias diversas.

Também é importante evitar a coceira, já que as unhas podem estar sujas e acabam aumentando as chances de contaminação. Porém, sabemos que nem sempre isso é possível quando se trata de crianças, sobretudo durante o sono.

Então, manter as mãozinhas limpas dos pequenos e com unhas curtas é outra dica importante.

Picadas com ferrão – como cuidar?

Existem casos em que o inseto acaba deixando um ferrão na região picada. Isso é comum, por exemplo, em ataques de abelhas ou marimbondos. Nesse caso o cuidado é um pouco maior.

Primeiramente, deve-se observar se o ferrão está com uma ponta visível. Só assim será possível removê-lo com segurança utilizando uma pinça esterilizada para tal. Em nenhuma hipótese devemos espremer o lugar.

As chances de que o ferrão penetre mais quando esprememos é grande, o que só piora a situação. Então, se o ferrão não estiver visível, ou se os pais não conseguirem remover de forma fácil, o ideal é levar a criança a um pronto socorro para que o médico ajude no processo de remoção.

Alergia em crianças

Uma das grandes preocupações com relação às picadas de inseto é o desenvolvimento de uma alergia grave ou moderada. Na maioria das vezes não sabemos sobre a existência dessa alergia até que ela de fato entre em ação.

O importante aqui é saber identificar a manifestação alérgica o quanto antes para conter a reação. No entanto, os sintomas de uma alergia são muito variáveis e podem mudar de uma criança para outra. Reações simples incluem:

  • Vermelhidão forte;
  • Inchaço pequeno ou moderado na região;
  • Quentura na região;
  • Dor fraca ou moderada.

Ao notar os sintomas e perceber que são mais intensos do que uma simples picada de pernilongo, é importante buscar orientação de um pediatra imediatamente. Mas, a atenção deve ser redobrada com sintomas graves, que incluem:

  • Rouquidão;
  • Falta de ar;
  • Inchaço nas mucosas;
  • Vermelhidão nos olhos;
  • Vômitos e náuseas;
  • Febre.

Outros sintomas que não são frequentes, mas que podem indicar uma reação alérgica séria, são desmaios, batimentos cardíacos acelerados e o surgimento de coceiras e marcas vermelhas em outros locais do corpo – além daquele atingido pela picada.

O que fazer em caso de reação alérgica aparente?

Ao notar que a criança tem alergias mais severas a picadas de inseto, os pais devem medicar com antialérgico previamente receitado por um pediatra, e buscar ajuda médica imediatamente.

Mas, ressaltamos, isso quando a alergia já é conhecida e o médico já orientou sobre o uso de algum antialérgico específico.

Vale ressaltar que mesmo com o antialérgico pode ocorrer um agravamento. Por isso que é fundamental levar a criança ao hospital, para que qualquer evolução do quadro seja percebida e tratada rapidamente.

Com que idade as crianças manifestam alergia?

Segundo a pediatra especialista em imunologia Felícia Szeles em entrevista ao site Canguru News, as crianças não costumam manifestar alergias antes do sexto mês de vida.

Isso ocorre porque a manifestação alérgica conhecida como ‘prurigo estrófulo’, que é uma hipersensibilidade à saliva dos insetos, só ocorre quando há muita exposição às picadas. Ainda segundo Fernanda, a alergia aparece mais entre os 12° e 24° meses de idade.

Diagnóstico de alergia

A alergia é um quadro que pode ser diagnosticado de diferentes formas. Normalmente isso é feito através do relato dos pais, que narram situações em que a criança apresentou determinados sintomas.

O médico também pode solicitar um exame de laboratório, já que algumas alergias podem ser identificadas através de amostras do sangue ou testes específicos para isso.

Por isso, é importante que os pais anotem ou memorizem os sintomas, a duração deles e até a intensidade para que consigam relatar para um especialista de forma detalhada. Atualmente, é possível até mesmo fotografar se houver à mão um celular.

Mas, lembre-se: se a criança tiver uma alergia moderada ou grave você deve levar imediatamente ao médico, sem perda de tempo. O agendamento com um especialista e o acompanhamento da alergia crônica ocorrem depois. Primeiro se concentre no socorro imediato.

Dicas para evitar as picadas e diminuir as chances de alergias

Não tem jeito. A única forma de evitar reações alérgicas é impedindo as picadas de insetos. No entanto, o médico Cláudio Lein, do departamento Materno-Infantil do hospital Albert Einstein, alerta que “blindar” totalmente os filhos muito pequenos não é uma boa ideia.

Isso porque, se a criança não tiver nenhum contato com picadas de insetos na infância, pode ser que o organismo se torne mais suscetível à alergias. Porém, é claro que não devemos deixar as crianças completamente expostas aos mosquitos. As dicas de cuidado são:

Repelentes:

O uso de repelentes ajuda a evitar inclusive ataques de mosquitos vetores de doenças como dengue e Zika. Entretanto, os pais devem consultar um dermatologista para que indique o melhor repelente.

Ele deve ser escolhido considerando a idade da criança e a composição do produto. Além disso, existem áreas específicas em que devem ser aplicados. O uso de repelentes orgânicos pode ser uma boa ideia para a região do rosto, que é mais sensível.

Telas e proteção:

Telas nas janelas e o famoso “mosqueteiro” podem ajudar a diminuir o número de picadas de inseto em crianças e bebês. Além disso, os pais devem ter o cuidado de abrir as janelas somente no nascer do sol e fechá-las antes do pôr-do-sol.

Roupas adequadas para passeios:

Passeios em regiões litorâneas ou onde haja grande concentração de insetos devem ser planejados com roupa adequada. Calças e blusas de manga comprida são boas dicas para evitar as picadas nesses locais.

Atenção, bebês não podem usar repelente!

Bebês menores de seis meses não devem usar repelentes. Entre essa idade e os dois anos, o uso ainda é controlado, sendo indicado apenas em situações muito específicas.

Por isso reforçamos aqui a importância de conversar com um pediatra. Somente um médico pode dizer exatamente qual é a melhor maneira de manter a criança segura e qual repelente é indicado.

Todavia, as barreiras físicas estão liberadas e não apresentam riscos. Por isso, se tiver incidência de insetos em casa, a melhor dica é telar janelas e apostar no uso de mosqueteiro para proteger os pequenos.

Tratamentos para alergia em crianças

A alergia por picadas de insetos pode acontecer com qualquer pessoa. Mas é importante saber como reagir nesses casos. Como dissemos antes, primeiro leve a criança ao pronto socorro para conter os sintomas graves.

Feito isso, é interessante buscar a ajuda de um alergista para saber se há tratamento. Em geral, os médicos apostam em tratamento de imunologia para evitar o agravamento em caso de exposição ao fator alergênico.

De qualquer forma, somente o pediatra e o alergista podem indicar o melhor tratamento para picadas de insetos. Aos pais cabe o discernimento para evitar a superexposição e tratar qualquer sintoma que pareça se agravar.

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