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Depressão Infantil na pandemia COVID-19

Gente, já temos ano e meio de pandemia no Brasil, dá pra acreditar? O tempo passou voando, não é? Parece até que foi ontem que vimos as primeiras notícias sobre o tal Covid-19 que estava devastando o mundo. Muita coisa aconteceu nesse período e coube a nós nos adaptarmos à nova realidade.

Mas isso não foi uma tarefa fácil: distanciamento social, mudança de rotina, cada um vivendo em seu próprio mundo particular longe de abraços, calor humano, dos amigos e da família. É claro que isso tudo traria uma série de consequências, e estão quase que no topo da lista os impactos psicológicos.

Pense comigo: se nós adultos, com a inteligência emocional já formada e com total compreensão sobre tudo o que está acontecendo já sofremos muito com ansiedade e até mesmo depressão durante a pandemia, imagine as crianças que não têm discernimento das próprias emoções.

Além do isolamento social (o que já é bem pesado), muitas crianças perderam seus entes queridos durante a pandemia, incluindo em alguns casos um ou ambos os pais. Lidar com o luto é difícil, ainda mais para crianças que talvez nunca tenham sido expostas à dor e à morte em uma idade tão precoce.

É aí que a depressão acaba dando seus sinais nesse público tão ingênuo e sem maturidade emocional, mas quais são esses sinais e como lidar com isso? Vamos descobrir juntas? Continue a leitura para saber mais.

O que é a depressão infantil?

A depressão é um estado em que a pessoa se sente muito triste, sem esperança e sem importância, e muitas vezes é incapaz de viver de maneira normal.

Crianças que estão sob estresse, experimentam perda ou têm distúrbios de atenção, aprendizado, comportamentais ou de ansiedade têm maior risco de depressão infantil.

A partir dos três anos de idade é possível desenvolver depressão infantil, especialmente com a situação atual em que as crianças mudaram completamente a rotina e oportunidades de interagir com os amigos. Crianças que experimentaram o luto têm mais chances de desenvolver depressão.

Como posso saber se uma criança está deprimida?

Alguns sintomas comuns de depressão entre crianças incluem:

  • Mudanças de peso;
  • Perturbação nos padrões de sono;
  • Tristeza ou irritabilidade incomum e persistente;
  • Perda repentina de interesse nas atividades que antes apreciavam;
  • Lentidão;
  • Baixa autoestima;
  • Desesperança;
  • Pensamentos ou tentativas de suicídio;
  • Timidez extrema;
  • Automutilação;
  • Apego excessivo a um dos pais.

Os pais ou responsáveis devem observar essas mudanças repentinas de comportamento entre os filhos. Se vários desses sintomas estiverem presentes por pelo menos duas semanas, eles podem sugerir depressão.

Para ajudar uma criança que esteja apresentando sintomas de depressão, é necessário reconhecer as emoções dela. Para isso tente uma conversa inicial sobre as preocupações dela, tentando entender o que ela está sentindo.

Faça perguntas como:

  • Você sente falta dos amigos?
  • Você tem saudade de fulano (algum ente querido que possa ter falecido)?
  • Você se sente sozinho?
  • Você está com dificuldades na escola?

A partir das reações e respostas da criança você terá um direcionamento do que pode estar causando esses comportamentos e poderá tranquilizá-la através da comunicação.

Para isso, mantenha uma rotina de diálogo para saber como ela está e perguntar sobre seus sentimentos e emoções, lembrando de você está sempre disponível para apoiá-la.

É importante também que você mantenha a criança distraída e ocupada ao longo do dia com uma rotina de atividades que incluam diversão, lazer, brincadeiras, aprendizado, tarefas diárias, tempo para a família e sono e descanso adequados.

Essas atividades não precisam ser complexas ou muito elaboradas, deixe ser leve, vocês podem:

  • Desenhar;
  • Dançar;
  • Ouvir música;
  • Cuidar do jardim;
  • Gravar vídeos;
  • Ler um livro de histórias;
  • Fazer uma cabana;
  • Assistir a um filme divertido;
  • Cozinhar;
  • Praticar exercícios físicos.

Essas atividades servirão como uma distração e desviarão a atenção das preocupações e ajudarão a aliviar o sofrimento.

Quando devo procurar ajuda de um profissional?

Os sintomas devem persistir por pelo menos duas semanas para que o diagnóstico de depressão seja feito. Além disso, algumas condições médicas (por exemplo, problemas de tireoide ou deficiência de vitaminas) podem imitar os sintomas da depressão.

Por isso é importante descartar outras causas médicas antes de diagnosticar a depressão. Além disso caso os sintomas não persistam por duas semanas ou mais, podem ser apenas uma tristeza temporária, que deve melhorar com a rotina de atividades que citamos acima.

É hora de procurar ajuda urgente quando:

  • Observar uma grande mudança nos hábitos de sono e alimentação;
  • Se a criança fala ou tenta fugir de casa;
  • Se a criança se envolver em abuso de substâncias;
  • Se notar automutilação ou pensamentos e comportamentos suicidas.

É importante não subestimar os pequenos sinais que seu filho possa dar. Fique atenta aos detalhes e qualquer mudança de comportamento é motivo sim de consultar a um psicólogo ou terapeuta infantil. Também tão importante quanto cuidar de seus filhos é cuidar de si mesma.

Olhe para si também

 Com o impacto do COVID-19 na economia brasileira, o número de casos e óbitos, aliado ao bloqueio e a um contexto em que as mulheres frequentemente apresentam maior carga de trabalho doméstico, o impacto desta pandemia na saúde mental materna pode ser especialmente grave.

Duas pesquisas foram realizadas com mães brasileiras durante a pandemia, investigando aspectos relacionados à saúde mental. A prevalência de depressão aumentou de 3,1% na avaliação pré-pandêmica para 28,4% na primeira onda de coleta de dados e depois para 30,6% na segunda onda.

A ansiedade aumentou de 9,6% para 26,7% e depois para 28,8%. Comparando a pré-pandemia e a segunda onda de coleta de dados, houve um aumento de 10 vezes na prevalência de depressão e um aumento de 3 vezes na ansiedade.

Os resultados demonstram um claro aumento da depressão e da ansiedade nas mães, o que sugere uma crise de saúde mental. Uma mudança dessa magnitude na saúde mental materna é uma grande preocupação, pois isso pode impactar diretamente na saúde mental das crianças.

Durante esse período extremamente estressante, o acesso ao diagnóstico e ao tratamento é mais desafiador, assim como o planejamento de alternativas de tratamento e a prevenção da depressão.

Monitorar a saúde mental das crianças é essencial, mas também é fundamental que você como mãe também observe seus comportamentos e monitore suas emoções. Caso sinta que haja algo de errado não hesite em pedir a ajuda de um terapeuta ou psicólogo, OK?

Lembre-se de quando embarcamos no avião: em caso de emergência coloque a máscara de oxigênio primeiro em você e depois no outro. Afinal, você é o alicerce dos seus filhos, precisa estar bem estruturada para dar assistência à eles, certo?

E lembre-se: tudo isso está passando. Não importa quais situações vocês viveram recentemente, isso tudo vai passar e o pior já foi! Respire, confie e procure ajuda sem medo.

Espero que este conteúdo tenha sido luz para te guiar! Um super abraço virtual de mãe pra mãe!

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